Deixo a vida me despedaçar em sorrisos, lágrimas, abraços, partidas, esperas, chegadas, esperanças renascidas.
Sou retalho alinhavado pela poesia.


Renata Fagundes


"... sejamos delicados e se necessário for, cruelmente delicados..." Affonso Romano de Sant'Anna









10 de fevereiro de 2011

Declarações







"o muro quase branco pede um testemunho grafitado
a mesa poeirenta pede um poema rabiscado com o dedo
o carro sujo pede um Vilma ama João no vidro traseiro
a areia da praia pede um coração desenhado com um pedaço de pau

mas a onda apaga todas as declarações
a mangueira limpa as confissões automotivas
o poema some no perfex da criada
e o grafite é condenado pela prefeitura


duram mais os amores silenciados"




Livro: Cartas Extraviadas - Martha Medeiros














10 comentários:

  1. A carta não escrita possui as maiores declarações de amor.

    Beijos Escrivinhados!

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  2. Lindo ! Perfeito ! Gostei muito desse poema, romântico...

    Beijo menina *;

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  3. Gostei! (:

    Tem selinhos para você no meu blog (:
    http://diario-de-marcella.blogspot.com/p/selos.html

    Beeijos,
    Marcella

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  4. Lembrei da Marisa Monte :D
    (...apagararam tudo, pintaram o muro de cinza...) tô com essa musica na cabeça a dias...
    Bjão e abraçocas mocinha!

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  5. Amores não alarmados, possivelmente, chamam menos à atenção dos invejosos. Lindo poema!

    Boa noite. x)
    Beijo!

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  6. Concordo, os amores silenciados talvez sejam os unicos que suportam a dor da ausência.
    e são os mais verdadeiros. beijos

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  7. Olá Renata, leitura do Long Yen Dschou: “O sinal impresso do coração paira no espaço, brilha puro o luar”. Para refletir no final da sexta-feira: os bons sentimentos são como estrelas, cintilam.

    Um ótimo final de semana. Aproveite, compartilhe alegrias, viva as emoções do sábado e do domingo com um largo sorriso de felicidade.

    Parabéns pelos lindos versos que posta em seu blog!

    Bjos

    Edward de Souza

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Coisa boa de chamego